terça-feira, setembro 26, 2006

Banda sonora para um Outono calmo


Quase um mês depois, recuperamos um post onde a referência era Clara Hill. Por sinal, as palavras que são dirigidas à lindíssima Clara, não podiam ser melhores! Temos em mãos um excelente álbum que adorna de forma positiva esta recta final de ano. Parcerias (e muitas) são os condimentos deste "All I Can Provide", que conta nos créditos nomes como Vikter Duplaix, AtJezz, Slope, George Levin, Meitz ou King Britt.
Um calmo final de tarde poderia ser a definição visual deste trabalho, pois levita-nos para um estado de graça e animosidade dócil.
O que é a visão urbana de Clara, é também um sólido conjunto de sons nu-jazz. A soul também mostra a sua irreverência, em registos claramente chill. Pelo meio, dois ou três registos mais dançantes.
Excelente aposta da Sonar Kollektiv, que rebusca nos baús da casa a boa matéria prima. Com este segundo álbum, fica a certeza que a saída dos Jazzanova foi um duro golpe para os germânicos, pois Clara está mais madura e com um grau de confiança e qualidade muito grande. Deep Café de regresso, a dar som ao Outono, sempre na vanguarda da música electrónica alternativa.

segunda-feira, setembro 25, 2006

O escocês da escola gaulesa


Seguindo na linha da label F Communications, pertença de Laurent Garnier, temos esta semana do Deep Café mais sons provenientes da mesma escola gaulesa. Entrando na onda do jazz de fusão que se mescla com a house e as batidas descontraídas do funk e soul, temos nomes de peso que se destacam há muito. Casos de Ludovique Navarre (St.Germain), o própio Laurent Garnier, e Dimitri From Paris. A eles junta-se um suspeito intitulado de Aqua Bassino (Justin Robertson)."Beats n´Bobs" em 2002 foi o álbum de estreia, que sem ser surpreendente, acabou por renovar o sangue que até então parecia ter perdido parte da sua força. Este ano de 2006, assistimos ao lançamento de "Rue de Paris". Um álbum que teima em não deixar morrer a onda dos seus antecessores musicais. É curioso que seja um escocês a assumir as rédeas do movimento, insistindo na sonoridade inebriante do jazz, soul, funk, r n´b, sempre adornado pelas doces batidas electrónicas do deep-house. Fica mais uma sugestão Deep Café, que se enquandra na perfeição para a nova temporada que aí se avizinha, o Outono. Temos sons modernos e melancólicos que contrastam com uma alegoria passageira.

quarta-feira, setembro 06, 2006

Aviso...aos distraídos! Vêm aí os Hot Chip.


Apesar da geração ser a mesma, quem impôs o mote foram os LCD Soundsystem que nos trouxeram e viciaram naquela que é pomposamente designada por música de dança alternativa. Tiga e Fischerspooner também apadrinharam esta nova onda, que tem um termo excessivamente extenso mas que vai ganhando cada vez mais adeptos.
O ano passado todos delirámos ao som de "Tribulations". Este ano, a aposta vai para temas da mesma cena musical, mas com autores diferentes. É o caso do quinteto londrino Hot Chip, que nos regalam pérolas como "Over and Over" (sucesso estrondoso em clubes da Europa) e "And I Was A Boy From School", inseridos no álbum "Warning".
Esta, até nem é a estreia dos britânicos nas lides musicais. O ano passado passearam-se pelo Sudoeste promovendo o primeiro álbum da sua curta carreira "Coming on Strong". Este ano, as passagens deram-se em Julho, com apresentações na galeria ZdB e no Festival Hype @ Tejo. Poderiam ser um projecto pós-punk, funk-punk, electro, indie-electrónico-alternativo, e muitas mais coisas, mas o contrato com a DFA Records deixa pouca margem para as dúvidas da sua qualidade. Se é que ainda as há! Murphy e Tim Goldsworthy raramente se enganam e deixam-nos um selo de garantia nesta proposta, Deep Café.
Adeus Agosto, olá Setembro! Mês novo, estilo novo, no Deep Café!