quinta-feira, fevereiro 23, 2006

Ataque germânico


Apesar de ser em cima da hora, o motivo deste post prende-se com a visita dos Boozoo Bajou à nossa terrinha! É mesmo, os germânicos Bei Florian Seyberth e Peter Heider, face e coração dos Boozoo Bajou decidiram regressar a este quintal com vista para o mar.
Espera-se algo bem eclético. As inspirações multiétnicas e ritmicas de "Dust My Broom" são o seguimento do aclamado àlbum de estreia "Satta". Como sempre, a inevitável catalogação do estilo leva-nos a uma "never ending story". Florian tocou em grupos de Reggae, e Peter de Trip Hop. Esta fusão de experiências, e de aventuras em longas viagens desenvolveu uma sonoridade claramente chill. Assim, se há projecto difícil de definir, estes alemães são bom exemplo (ou mau). Passam pelo jazz, blues e soul de orientação Americana, baixam à Jamaica para beber do Reggae, trazem Bossanova do Brasil, e juntam tudo para nos surpreender com composições que arrepiam.
O single de estreia é "Killer", mas optámos por um "Moanin´" que rodou nas tardes do Deep Café com grande sucesso. Oiçam com atenção os dois àlbuns e deixem os vossos comentários.

quinta-feira, fevereiro 16, 2006

Compor uma mudança! A mudança...


Das mais belas iniciativas do ano transacto surge um composto de mudança. O objectivo, promover a língua portuguesa no mundo!
A lusitanidade surge transfigurada, com uma estética moderna, e que se adapta às andanças contemporâneas. Dá-se uma nova vida a 10 poemas de escritores nacionais. Em nome da transformação...E já Camões sabia que "todo o mundo é composto de mudança".
Esta proposta, devemos agradecer a vários músicos e artistas portugueses que decidiram revitalizar 10 poemas de consagrados autores nacionais. O álbum, não mais que uma justa homenagem à lusitanidade, ao orgulho poético e à sabedoria da composição, consagra junto das novas gerações poemas de escritores como Luís de Camões, Florbela Espanca, Almeida Garret, Alexandre O'Neill ou Ary dos Santos.
Mais que uma lição de Português, que já nos bastam as horas nas salas de aulas, há aqui uma lição de cultura! E a fusão, tão típica na musica electrónica, reage com espuma e cor, como poema com som. Os textos, musicados com essências lounge, trip-hop, chillout, deep-house e bossa nova são interpretados por nomes como os Spaceboys, Sam the Kid, Beto Medina, Pacman, Kika, Marco Delgado, Margarida Pinto Correia, Marta Dias, Sofia Morais, André Gago, Marta Dias, Melo D, entre outros....
É convicção profunda que a língua portuguesa é um elemento vivo, e que, tal como a comunicação, se reinventa todos os dias. Eis um ponto de partida que nos submete à impiedosa espera pela próxima edição. Assim é agradável aprender! Assim é agradável ser culto!...

Bang On...



O orgulho é simplesmente nosso! Bangguru é o grupo que faltava, e que se movimenta entre a música pop e o electro nacional!
As fronteiras da música electrónica nacional expandiram-se, e as comparações com os Goldfrapp e/ou Portishead são constantes. Os Bangguru possuem a vantagem de trabalharem sómente em originais e apresentam ao vivo (para quem ainda não os viu) uma forte vertente gráfica e audiovisual. Os seus trabalhos "Bang The Guru" e "Bantopia", são apresentados como o produto de vozes, guitarras, programações e samplers. As redefinições do estilo electro, chillout, deep, e trip-hop marcam ritmos frenéticos e momentânea loucura. O cliché "next big thing" do mercado discográfico nacional e (consta-se) internacional já originou brigas à boa moda peixeira, com editoras americanas e alemãs a correrem na linha de meta, para assegurar temas da banda, editáveis em compilações no estrangeiro. Nota de louvor para Marisa Fortes...ela sim...a next big voice!

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Conceito Chillout

Seguramente todos nós já tivemos na mão, um exemplar de uma colectânea Café del Mar, ou das suas variantes Ibiza Chillout. Trata-se de um dos géneros musicais mais apreciados em todo o mundo!
É fácil encontrarmos pequenas amostras e fragmentos destes sons relaxantes, que flutuam e divagam em momentos da nossa vida. Desde a loja de roupa, até ao anúncio da TV, passando pelo colega de estudo ou de trabalho que se alimenta desta forma práctica de relaxação, e como é óbvio, pela experiência no concerto ou no set de música electrónica que terminou ao amanhecer com melodias que nos embalam e nos fazem sentir saudades e um estranho amor pela nossa almofada.
É uma variante da música electrónica que cresceu com base em sons calmos e de influência variada. Pequenos loops e samplers encarregam-se de decorar uma batida minimal, que apenas marca o ritmo e o compasso. Com a explosão deste género, sub-estilos surgiram, sendo os mais famosos o flamenco, fado, hindú e oriental, tango, bossa...
Projectos como Chambao, Chillfado, Gotan Project, Mo´Horizons são exemplos perfeitos.
Outros estilos merecem também referência como o Lounge, Trip-Hop, Dub, Drum n´bass, Electro e o Nu-Jazz. Apesar de electrónicos, na roupagem trazem elementos mais ritmados e com mais beats. Thievery Corporation, Boozoo Bajou, Bonobo, Kruder & Dorfmeister, Lemonjelly, Bent, Tosca, Nicola Conte, De-Phazz, St.Germain, Sofa Surfers, Stephane Pompougnac, Nightmares on Wax, Kinobe, Boards of Canada, M.Herbert, Tiefschwarz, entre tantos merecem a nossa consideração.
Já tanto foi dado à música, que uma nobre homenagem apenas a dignifica e não soa a publicidade. Muitos não conhecem, e urge contagia-los! Embarquem na purificação da alma!
Adquiram as bíblias musicais, e tornem-se fiéis devotos!
Café Del Mar; Erotic Lounge; Pioneer Chillout Sessions, Hotel Cóstes, Buddha Bar, FTV, Hed Kandi, Technics Experience, Mezzanine d´Alcazar, e os tugas Grande Sofá, Composto de Mudança e Amo-te!

sábado, fevereiro 11, 2006

Boards of Canada "The Campfire Headphase"


O último disco dos Boards of Canada “The Campfire Headphase”, foi lançado em Outubro pela WARP sob grande expectativa dos admiradores do duo composto pelos escoceses Mike Sandison e Marcus Eoin.
“The Campfire Headphase” apresenta-se como sendo o legítimo seguidor dos trabalhos anteriores, tais como “Geogaddi” e “Music as the Right to Children”. Alguns dos elementos tradicionais e estruturantes dos Boards of Canada continuam intactos, mas a ausência de vozes infantis e/ou mensagens faladas faz-se notar. No entanto, e para gáudio dos mais fiéis, o “low-fi” característico permanece fortalecido pela adição de instrumentos acústicos como a viola, bem adulterada e suja, tão ao gosto de Mike Sandison e Marcus Eoin.
Deste modo, as faixas com guitarra acústica são condimentadas com sintetizadores rugosos e vacilantes (“Chromakey Dreamcoat”, “Satellite Anthem Icarus” e “Hey Saturday Sun” são exemplos).
Por outro lado, a audição de “Dayvan Cowboy” sugere-nos algo mais: a inclusão de uma guitarra eléctrica (instrumento amaldiçoado pelos conservadores da música electrónica, mas que vem cada vez mais, ocupando espaço neste género) com efeitos atmosféricos confere a espacialidade própria dos Boards of Canada. Sem dúvida, um dos pontos altos de disco que corrobora a informação de Mark quando diz que o trabalho sobre os sons e samples (individuais e em conjunto) foi intenso: “enquanto outros andam às voltas numa música durante quatro dias, nós gastamos o mesmo tempo a aperfeiçoar um som específico como um som de bateria”.
Já rodámos no DeepCafé "Hey Saturday Sun", incluido numa das mais recentes playlists.

Deep Café Launch Mode

1ª "Emissão" via blog
Depois de iniciado o projecto na RUBI (www.rubi.ubi.pt), nada mais óbvio que o lançamento do blog.
Aqui vai-se dar o direito à afirmação da música electrónica! Temos muito chillout pra mostrar, mas também há deep-house, lounge, trip-hop, dub, bossa, electro, nu-jazz, fusion, etc!
Com tempo, aqui teremos o que considero essencial no contexto chill. O ambiente, o espírito, o estado da alma!
Ainda não se sabe onde chegaremos, apenas o que queremos! E prometo trazer os melhores albuns, projetos e dj´s, and the perfect mood! Keep on chillin´!!!...