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domingo, junho 01, 2008

Hoje, despeço-me.



Depois de dois anos desde a sua abertura, eis que as portas desta galeria se fecham. O Deep Café, depois de muita ponderação, encerra, com a sensação do dever cumprido, e com a certeza de ter contribuído positivamente para o reconhecimento público da música electrónica, onde abordei o chillout, lounge, trip-hop, deep-house, nu-jazz, downtempo, dub, e por aí fora.

Tudo teve início na RUBI - Rádio Universitária da Beira Interior, onde um pouco à descoberta, se deram os primeiros passos no mundo do éter. Algum tempo depois, surgiu o blog, e um ano volvido, surge o convite para uma rádio mais profissional, a Rádio Cova da Beira - RCB.

Agora que todos estes projectos terminaram, e o tempo para actualizar o blog não é nas quantidades desejadas, deixou de fazer tanto sentido a existência do Deep Café, que bebia das sonoridades mais recentes, calmas e relaxantes.

A todos os artistas que contribuíram, o meu muito obrigado. A todos os visitantes que por aqui passaram, o meu reconhecimento e agradecimento. Todos alimentaram esta aventura, que talvez tenha terminado antes de tempo, mas nunca deixou de ser saborosa e aliciante.

O meu desejo era acima de tudo, dar a conhecer o que de melhor se fazia no mundo da electrónica actual. Essa, era uma vitória há muito conquistada. Outra, só o tempo poderá revelar, que é a afirmação e estabilização da electrónica no contexto actual.

Na intimidade, reside ainda o desejo de um dia voltar às ondas do FM. Quiçá então ressuscite o Velho Deep Café, e que renasça, para animar as vidas de todos nós.
Para contacto, vai continuar a funcional o e-mail deepcafe@hotmail.com, onde poderão enviar os vossos comentários, opiniões e convites para o futuro.

E tal como na ultima emissão, aqui fica apenas um...até já!



terça-feira, junho 27, 2006

Catalogações - Um mal necessário?

Apesar de aliciante, este é o tema que desde sempre considerei dos mais controversos e complicados de debater: a catalogação constante da música actual.
Quem vagueia pelo mundo da música, sabe que ela se divide em grupos, vertentes, estilos, modas, géneros, etc... Pior ainda, é quando entramos neste blog e constatamos que dentro da electrónica surgem um sem fim de marcas, que apelidam as habilidades sonoras dos projectos e grupos mencionados.
Não há dúvidas que a fusão é a principal arma da música electrónica, e a partir de uma base como a música de origem hindú, do tango, do fado, do jazz, do flamenco ou tribal, podemos criar uma obra prima simplesmente adicionando-lhe uma batida trip-hop ou um ritmo lounge. Mas também não há dúvidas que esta saturação de catalogações é da responsabilidade da indústria que procura incessantemente novos artistas, e por arrastamento, novos estilos e géneros, sempre na ânsia de surpreender. Temos o chillout, que se ramifica em downtempo ou ambient, temos o lounge que também pode ser deep-house, há o trip-hop agrupado com o dub, o jazz de fusão ou nu-jazz, o electrofunk, e como se não fosse suficiente e ridiculo, aparecem o chillhouse, o electrodub, e outros mais, mas que não disfarçam esta aparente fusão da fusão.
Até que ponto não será perigoso etiquetar cada àlbum que sai, ofuscando o nome do artista ou do projecto? Até que ponto não será complicado entrar numa roda, cujo ciclo nos conduz à origem? Será o resultado (mais um) da globalização?
A opinião do Deep Café é a mesma de há uns anos atrás. Vivemos em excessiva atribuição de estilos, que não são novos, apenas possuem uma roupagem nova e fazem-se passar por atracção momentânea.
Deixem os vossos comentários e opiniões. O debate a vós pertence.

quarta-feira, fevereiro 15, 2006

Conceito Chillout

Seguramente todos nós já tivemos na mão, um exemplar de uma colectânea Café del Mar, ou das suas variantes Ibiza Chillout. Trata-se de um dos géneros musicais mais apreciados em todo o mundo!
É fácil encontrarmos pequenas amostras e fragmentos destes sons relaxantes, que flutuam e divagam em momentos da nossa vida. Desde a loja de roupa, até ao anúncio da TV, passando pelo colega de estudo ou de trabalho que se alimenta desta forma práctica de relaxação, e como é óbvio, pela experiência no concerto ou no set de música electrónica que terminou ao amanhecer com melodias que nos embalam e nos fazem sentir saudades e um estranho amor pela nossa almofada.
É uma variante da música electrónica que cresceu com base em sons calmos e de influência variada. Pequenos loops e samplers encarregam-se de decorar uma batida minimal, que apenas marca o ritmo e o compasso. Com a explosão deste género, sub-estilos surgiram, sendo os mais famosos o flamenco, fado, hindú e oriental, tango, bossa...
Projectos como Chambao, Chillfado, Gotan Project, Mo´Horizons são exemplos perfeitos.
Outros estilos merecem também referência como o Lounge, Trip-Hop, Dub, Drum n´bass, Electro e o Nu-Jazz. Apesar de electrónicos, na roupagem trazem elementos mais ritmados e com mais beats. Thievery Corporation, Boozoo Bajou, Bonobo, Kruder & Dorfmeister, Lemonjelly, Bent, Tosca, Nicola Conte, De-Phazz, St.Germain, Sofa Surfers, Stephane Pompougnac, Nightmares on Wax, Kinobe, Boards of Canada, M.Herbert, Tiefschwarz, entre tantos merecem a nossa consideração.
Já tanto foi dado à música, que uma nobre homenagem apenas a dignifica e não soa a publicidade. Muitos não conhecem, e urge contagia-los! Embarquem na purificação da alma!
Adquiram as bíblias musicais, e tornem-se fiéis devotos!
Café Del Mar; Erotic Lounge; Pioneer Chillout Sessions, Hotel Cóstes, Buddha Bar, FTV, Hed Kandi, Technics Experience, Mezzanine d´Alcazar, e os tugas Grande Sofá, Composto de Mudança e Amo-te!