

Sendo esta uma edição de Natal, não há como evitar sugerir estas prendinhas aos nossos leitores, quer seja para consumo próprio ou para oferta. Sendo a música parte integrante das nossas vidas, nada como escolher um álbum original ou uma banda sonora a alguém especial, de modo a enriquecer esses pequenos fragmentos de vida que compõem o nosso guião pessoal. Outra prendinha é também o regresso do blog Deep Café ( deepcafe.blogspot.com) assim como do programa semanal com o mesmo nome que é emitido todas as sextas-feiras na RCB (http://www.rcb-radiocovadabeira.pt/). A todos, um bom Natal, e bons sons!
É ingrato falar-se de um best of, apontando todas as qualidades de uma banda, quando na verdade muitos dos temas que ficam de fora seriam perfeitamente seleccionáveis para essa mesma edição. "It Takes a Thief" sofre do mesmo síndrome pois apesar de ser um excelente cartão de visita dos Thievery Corporation, não é menos verdade que muitos dos clássicos de "Mirror Conspiracy" foram excluídos, à semelhança de Heaven's Gonna Burn Your Eyes ou Marching The Hate Machines (Into the Sun). Para revivalismo ou aprendizagem, a dupla de Washington disponibilizou neste Outono um conjunto de 15 canções que personificam o que a World Music tem de melhor, com o trip-hop, o dub e o downtempo sempre em pano de fundo.
Se a música fosse comparável ao futebol dir-se-ia que Juan Maclean é titularíssimo na equipa da DFA, o que no entanto não o impede de alinhar numa equipa de outra liga, estilo Beckham. Essa outra equipa é a !K7, a editora que dá liberdade total aos seus convidados nas famosas edições DJ Kicks. Na compilação saúda-se a inclusão de nomes da própria DFA, e como curiosidade, registe-se o facto deste trabalho ter sido gravado em regime de live act, com pouco mais de dois pratos, uns filtros e um tape delay. O resultado é um set enérgico, deambulando entre os sons house e tech-house. Na retina ficam as duas versões de "Feliz Casa" do própio Maclean que surgem a abrir e fechar o álbum, e ainda "Feel So Good", temas exclusivos para este DJ Kicks.
Os Hidden Orchestra (que outrora foram os Joe Acheson Quartet) são a nova aposta da editora Tru Thoughts, tendo lançado em Setembro último, o seu trabalho de estreia "Night Walks". Definem-se como uma banda com forte inspiração jazzista, mas não deixa de ser curioso terem como influência nomes tão díspares como Debussy, Radiohead, Aphex Twin ou Squarepusher. Com 2 baterias, instrumentos tradicionais e samples compuseram dez temas que confundem a electrónica com acústica, numa emulação perfeita. E no ouvido, fica aquela sensação de termos entre nós, o primogénito do casamento entre Bonobo e Cinematic Orchestra.
Triskaidekaphobia é o nome que se aplica aos que padecem de medo do número 13. Regra geral, em muitos hotéis o mesmo se passa, chegando ao ponto de pisos ou apartamentos saltarem do 12 para o 14. Após um best of, que não passou de uma 13ª edição dissimulada, Stephane Pompougnac volta a compilar um bom conjunto de canções, cheias de glamour e sedução. Segundo o dj francês, este esforço foi no sentido de regressar aos sons originais que marcaram as colectâneas Hotel Costes. Mas nada é perfeito, e quer tenha sido culpa da superstição ou não, este trabalho acaba por ficar marcado pela fraca aptidão que Pompougnac revelou a mixar os temas da 14ªedição. Que este pormenor não iniba os curiosos a descobrir as fabulosas compilações Hotel Costes, que marcam a diferença desde 1999, com o seu lounge e o jazz de fusão.
The Count & Sinden, é este o nome do projecto que agita as pistas de dança com o tema "After Dark". Esta dupla londrina formada em 2008, associou-se ao grupo indie Mystery Jets e em conjunto criaram aquele que já é um dos hinos de 2010, num autêntico exercício house-retro a evocar melodias mais 80´s. De resto, em "Mega Mega Mega" podemos encontrar um conjunto de canções mais viradas para as pistas de dança onde cabe de tudo. Desde o house ao funk, do hip-hop ao dubstep, com garage e rave incluído. Uma autêntica festa em doze faixas, onde até kuduro e um reggaeton se encontram. Mas isto são opiniões...
Tivemos Thievery Corporation (TC) a abrir esta coluna, e é a mesma dupla de Washington que encerra esta página de sugestões musicais. O motivo prende-se com a primeira longa-metragem de um dos seus elementos, falo de Eric Hilton que se estreou na 7ªArte com a película "Babylon Central". Como não poderia deixar de ser, a OST foi seleccionada pelos próprios TC, e no alinhamento encontramos temas dos mesmos, assim como faixas retiradas do panorama reggae, salsa e caribe, trip-hop, dubstep, ou não fossem os TC uma banda da cena World Music.
É insuspeito o talento de Bonobo que ao quarto trabalho de originais nos traz com sabedoria mais uma colecção de faixas bem ao seu estilo. Downtempo que se confunde com trip-hop, e na voz a magia e sedução de Andreya Triana. A fórmula pode ser perigosa, pois Bonobo não tem inovado. O truque que supera o tédio reside na inserção de elementos roubados ao jazz, à música latina, brasileira, oriental e até mesmo à soul. Destaque para “El Toro”, “We Could Forever” e “The Keeper”.
Sexto álbum do veteraníssimo Sven Van Hees, o belga que promove a cena chillout e lounge com todo o afinco. Neste novo trabalho há incursões pelo deep-house o que causa uma sensação de curiosidade entretanto muito bem saciada. O resultado final apresenta-se num registo bem encorpado e sequenciado pois, mais uma vez, Van Hees remisturou todas as faixas o que originou uma sequência bem cadenciada. “Maverick” foi editado em finais do ano passado mas é um álbum que se enquadra perfeitamente nesta Primavera e com lógico arrastamento para o Verão que nos espera.
Têm permanecido um pouco no anonimato, mas a verdade é que não se tratam propriamente de novatos. Eles são os Miike Snow, e na cena pop são responsáveis por hits de artistas como Britney Spears, Kylie Minogue, Kelis, Madonna e Jennifer Lopez. Até aqui tudo bem e quiçá nada de mais. Na vertente mais electrónica a curiosidade disparou quando surgiram remisturas do trabalho homónimo com a assinatura de Calvin Harris ou Fred Falke. Um álbum com excelentes características de pop-electrónica (Animal ou Burial são bons exemplos). Para os mais curiosos acrescente-se a informação que há remisturas dos próprios para temas dos Passion Pit e Kings of Leon.
Ainda na onda electrónica australiana, não se poderia falar de Pnau sem referir o projecto paralelo Empire of the Sun.
Outro projecto australiano que dá cartas é o trio Cut Copy que fusionam a new wave com o electro-pop.
Têm Tiefschwarz como nome de guerra. Eles são os irmãos Alexander e Sebastian Schwarz, e dominam perfeitamente a onda electro house.
James Ford e Anthony James Shaw são os nomes por trás do pseudónimo Simian Mobile Disco, projecto de música electrónica criado em terras de sua majestade. Com o término da anterior banda de nome Simian, veio imediatamente o primeiro single sob a nova nomenclatura: Hustler.
O projecto de dança PNAU surgiu um 1999 de uma parceria entre Nick Littlemore e Peter Mayes para a editora Peking Duck e com o propósito de promover a música electrónica australiana.
Um dos mais aclamados dj´s do ano passado é o francês Fred Falke, que remisturou temas de peso como Heavy Cross dos The Gossip, ou Magnificent dos U2.


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"Manners" é o primeiro original do projecto de música electro-indie americana Passion Pit. A banda é composta por Michael Angelakos (vocais/teclas), Ian Hultquist (teclas/guitarra), Ayad Al Adhamy (sintetizadores/samplers), Jeff Apruzzese (baixo) e Nate Donmoyer (bateria).